Breno Costa, 25 de fevereiro de 2022
É de conhecimento geral que a necessidade de desenvolver máquinas maiores e mais sofisticadas surgiu com a Primeira Revolução Industrial, para impulsionar a produtividade ao máximo. E foi em meio a isso que os elementos de fixação tornaram-se imprescindíveis para o homem. Porcas, arruelas, chavetas e etc tem como função unir as peças de um aparato, podendo essa ser uma fixação permanente como a solda, ou móvel, como o sistema porca-parafuso. Os elementos de fixação são comumente as partes mais frágeis de uma máquina, logo compreendê-los é de suma importância ao realizar um projeto mecânico de qualidade. Atualmente existe uma gama enorme destes componentes, e alguns dos mais notáveis são:
PARAFUSO
Como dito anteriormente, os parafusos tem como função de unir as peças de um aparelho de modo não permanente, possibilitando que a união seja desfeita sem danificar o equipamento. Eles possuem uma cabeça e um corpo cilíndrico roscado. Esses elementos de fixação se apresentam em uma grande diversidade, desde a sua cabeça, que pode ser sextavada, oval, chata, até seu diâmetro e o comprimento de seu corpo.
ARRUELA
Também conhecida como anilha, a arruela é um disco delgado com um furo no centro. Ela é utilizada em conjunto com parafusos e porcas na fixação das máquinas. Sua função é impedir que o parafuso se afrouxe após o aperto, e também proteger as peças fixadas do desgaste. A arruela é usada tanto como elementos de fixação, entre um parafuso e um furo rosqueado quanto entre uma porca e um parafuso.
PORCA
Assim como os parafusos, as porcas apresentam grande diversidade, e estão sempre associadas aos mesmos. As porcas são, fundamentalmente, objetos prismáticos com um furo rosqueado no meio, no qual será atarraxada ao parafuso correspondente àquele modelo de porca.
CHAVETA
As chavetas também apresentam um formato prismático, porém mais alongado, e pode apresentar suas faces na forma paralela ou inclinada dependendo do contexto no qual é inserida. Ela fica inserida no rasgo de chaveta, e tem como função travar o eixo em questão em uma outra peça da máquina, como uma engrenagem, por exemplo. Dessa forma, ela garante que esses componentes rotacionem simultaneamente. Em virtude disso, a chaveta é considerada tanto um elemento de fixação quanto um elemento de transmissão.
ANEL ELÁTICO
Trata-se de um perfil circular descontínuo com dois losangos nas pontas, cuja aparência lembra a de uma ferradura de cavalo. Sua função é impedir que os eixos se desloquem, forçando-os a manter-se na posição definida pelo operador. Ademais, o anel elástico pode ser usado para limitar o movimento de uma peça que desliza sobre um eixo.
REBITE
O rebite é constituído por um cilindro mais fino com uma cabeça cujo formato pode variar, fazendo com que seu formato fique similar ao de um parafuso não rosqueado. Em sua utilização, a parte cilíndrica mais fina do rebite é introduzida dentro de um furo, e então o diâmetro dela se expande, fazendo com que ela preencha o interior do furo e o rebite fique devidamente fixado. A utilização de rebites é chamada de rebitagem, e é usada principalmente em montagens de automóveis e edifícios. Cabe também ressaltar que o rebite é considerado um elemento de fixação semipermanente.
SOLDAGEM COMO ELEMENTO DE FIXAÇÃO
Um pouco diferente dos demais, este útimo trata de um método de fixação permanente de estruturas de uma máquina. Ela funciona a partir da aplicação de calor ou pressão sobre um material, que, quando arrefecido, forma um fortíssimo ligamento entre as peças. Existem vários tipos de soldagem, porém os mais comuns são: soldagem fixa, soldagem por gás metálico inerte e soldagem por gás inerte de tungstênio.
Mas como isso se encaixa no meu projeto de máquina? Quando se está fazendo a análise estrutural de um maquinário, o formato, material e método de fabricação do mesmo influencia no resultado final do projeto. Por isso a importância de se trabalhar com especialistas!
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